terça-feira, 12 de março de 2013

Helvetica, 14


Escrever e não mandar um dia fez sentido. Ou talvez eu tenha criado um sentido que não existia só pra me convencer de que era a coisa certa a se fazer. Mas dessa vez não vai rolar guardar isso pra mim. Eu aprendi que a sinceridade é sempre a melhor saída e que enganar a si mesmo nunca funciona, sempre dá merda no final.
Esses dias me fizeram pensar. E olha só, seus posts reflexivos também surtiram efeito por aqui.

Aí eu me peguei várias vezes com a cabeça na lua. Talvez nem tão longe, vai… tudo que vinha à minha mente eram os momentos vividos há uns 4 anos ou mais.
Difícil explicar, porque tá tudo muito bagunçado. Parece meu quarto numa segunda-feira de manhã.

Tanto tempo se passou, tantas lições, tantas pessoas novas, tantos caminhos trilhados. E daí? E daí que sua memória continua intacta. E, honestamente, as lembranças ruins quase não têm mais importância já que, sempre que lembro de você, aparece um sorriso, por mais discreto que seja.

Se quer saber, eu prefiro assim. Odeio sentir ódio e remoer dores passadas.

Pra mim você se resume a uma palavra: intensidade.
Intensidade no amar, no viver, no "construir coisas", no sonhar. Foi com você que aprendi o valor de ser intenso em tudo que se faz.

Errei? Demais. Imaturidade, falta de vivência, pode chamar do que quiser. A sensação é de que éramos duas crianças tentando acertar, fazer dar certo. Mas não deu. Acabou.
Mas algo muito, muito forte me traz você no pensamento. Seja em reflexões que faço no dia a dia ou situações em que me vejo facilmente com você, conversando sobre. Não é estranho? Pra mim é.

De novo, é difícil colocar essas sensações num texto. Talvez você esteja com um grande ponto de interrogação na cabeça sem entender nada disso aqui. Mas é isso. É essa confusão toda que eu tô sentindo agora. Eu digo agora, mas não é de ontem pra hoje.
Entre uma ~aparição~ e outra, eu pensava, eu lembrava, eu encasquetava, eu perdia o sono. Eu ainda perco.

Músicas que lembram você, cheiros que me fazem sentir sua falta, assuntos que você adoraria discutir comigo, coisas que eu queria compartilhar. Uma vida inteira baseada no “eu queria…”

E queria mesmo, porque faz falta.
Eu conheci pessoas legais, eu tentei. Ninguém nunca me completou, só você conseguiu isso um dia e, sinceramente, eu não entendo como e nem por que.

A única coisa que eu sei é que não dá pra consertar o passado, que não somos capazes de prever o futuro. Que as pessoas têm o direito de saber o quanto são importantes pra nós, uma vez que tudo pode mudar de repente. “Não se sabe o dia de amanhã.”

E, já que se tem a oportunidade, por que não dizer? Eu queria mesmo que você soubesse disso. Que você significou e significa muito pra mim.

"Mas se for pra falar de algo bom, eu sempre vou lembrar de você..."






quarta-feira, 6 de março de 2013

Vida de formada!?

Ontem fui ao treino do BF (Basquete Feminino) na Cásper e, às 20h23, me deparei com uma bixete visivelmente desesperada no elevador. Estávamos só nos duas subindo para o 5º andar e ela soltou: MEU DEUS, QUE VONTADE DE FAZER XIXIIIIIIIIIIII. Quando chegamos ao  destino, eu falei: corre, tem um banheiro logo ali! Ao que ela me respondeu: Não posso, preciso chegar a tempo para a aula, senão perco a chamada. Olhei pra ela e falei: vai lá fazer xixi, cara! A chamada pode esperar...
Ela sorriu e perguntou: De que ano você é?
Titubeei: Quart...sou formada, me formei há uma semana.
Ela olhou admirada e nos despedimos.


É estranho pensar que, até pouco tempo atrás, era eu que entrava na Paulista, 900 pela primeira vez. Eu era uma daquelas meninas curiosas que, tímidas, iam desbravando aos poucos cada andar daquele prédio antigo que mais parecia um labirinto.


Foram 4 anos intensos, milhões de histórias inesquecíveis, aulas chatas, aulas incríveis, muita gente que veio e que foi, pessoas absolutamente marcantes. E aí que semana passada eu peguei meu canudo e agora sou oficialmente uma comunicóloga formada pela Faculdade Cásper Líbero.

A sensação é uma mistura de nostalgia com dever cumprido, não sei explicar ao certo. A verdade é que a Nanna que entrou na vida acadêmica em 2009 não é a mesma que saiu. Graças aos aprendizados, aos tombos e aos problemas que só a Cásper pôde me proporcionar.

Podem falar o que for, afinal, sempre tem um forever alone ou um sem coração que não entende, mas é difícil aceitar o fim. E é por essas e outras que eu sou Cásper e SEMPRE vou ser. Continuar treinando? Claro. Esse time é o bem mais precioso que ficou e dificilmente será abandonado. Esteja eu em quadra ou não.


Cásper é coração e isso a gente leva pra vida toda.
Sou formada, muita coisa mudou e ainda vai mudar, mas ser casperiana não é algo passageiro, é permanente.

"Por isso vou te entregar, Cásper, meu coração
Eu te sigo a toda parte para te ver campeão."