sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Avenida Paulista

Com toda essa divulgação em torno do aniversário da minha avenida favorita, e levando em conta toda a minha relação com ela, é óbvio que não vou deixar passar em branco aqui no blog.

Minha história com a mais eclética, linda e iluminada avenida do Brasil começou em 2007 quando, pela primeira vez, pude caminhar por lá e conhecer alguns de seus etabelecimentos mais legais (Sim, demorou um tanto). Foi quando conheci meu primeiro namorado e tomei um sorvete no Center 3 (Ah, como eu era nova e inocente nessa fase da vida).

Era novembro e tudo estava enfeitado e lindo para o Natal, como de costume. Eu tentaria entrar na Cásper no mês seguinte, meu primeiro vestiba da vida, e já começava a idealizar meu trajeto até a faculdade todos os dias, admirando aquele lugar tão curioso e cheio de pessoas apressadas e de arte por todos os lados.

A vida tinha outros planos pra mim e só entrei na Cásper em 2009. Pois bem, de lá pra cá acho que não conseguiria contar quantas vezes já passei, andei ou corri pela Paulista. Cada dia era uma nova surpresa no MASP ou alguma passeata "X" que parava o trânsito e me obrigava a descer do ônibus e ir caminhando até a aula. Sem contar todas as pesquisas que respondi, entrevistas das quais fugi, cenas bizarras e pseudo-artistas que já encontrei (Tipo a Mama Bruschetta. Hahahahaha!).

Me lembro dos primeiros dias de aula, quando eu chegava cedo e ficava na janela da sala só observando o movimento visto de cima, era uma vista maravilhosa. Ainda é, mas por algum motivo, no decorrer dos anos, acabei não valorizando tanto esta localização tão privilegiada.

No fim, o que importa é que ela me acolheu. A Avenida Paulista hoje é minha segunda casa. Um lugar onde eu posso ir a qualquer hora do dia, que sei que vou poder contar com algo interessante ou pelo menos vou me sentir bem, até andando sentido Paraíso pensando na vida.

Ano que vem é meu último na Cásper (E todo mundo sabe o quanto me dói dizer isso), mas com certeza não vou abandonar meu segundo lar (doce lar). Invejo quem mora perto, e tenho ciúmes quando alguém diz que gosta tanto quanto eu. Mas a grande verdade é que a Paulista foi o palco de grandes histórias, e muitos momentos meus.

Parabéns, minha Bela Paulista!

(Antes que pergunte, não foi uma ref. à padaria mais gostosa de São Paulo)


segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Meu bem, eu sou sincera

Já faz um tempo que venho refletindo sobre a sinceridade.

Porra - Sim, eu uso palavrão como interjeição - se todo mundo busca sinceridade nessa vida, por que diabos eu sofro tanto por exercitá-la? Sério, o que as pessoas querem de verdade? Eu sou daquele tipo que vai te avisar se aquela roupa não caiu bem em você e vou apontar um erro de portugês no seu post do Facebook ou Twitter pagando de intelectual, vou te avisar que aquele seu belisco é, na verdade, um canalha quando você estiver se iludindo, enfim. 

Tive uma criação tão exemplar, que mentir e omitir são quase que inaceitáveis pra mim, sabe como? Não consigo simplesmente fingir ou abafar as coisas, porque o ato de esconder me incomoda um tanto. Não vou ser hipócrita e dizer que nunca menti, mas sabe o lance de "Mentiras sinceras me interessam" do Cazuza?

E é aí que eu concluo que o problema é: Nem sempre as pessoas querem que a verdade seja dita. Elas querem que você diga o que elas querem ouvir e não o que você pensa realmente. Confuso?

A verdade, muitas vezes, exige que você esteja preparado para recebê-la ou aceitá-la e, obviamente, você não está pronto pra isso, porque ela pode machucar. Mas ainda assim fica a questão: O que convém mais, um nocaute imediato do que é real ou porradas que você apenas adia se iludindo longe da verdade e mentindo pra si mesmo? 

Será mesmo? 

Não sei, são apenas devaneios (bem) soltos dos últimos dias. Todo ano nessa época de aniversário eu fico deveras pensativa. Ainda não descobri se isso é bom (Não deve ser, mas tudo bem).

Deixo vocês, corajosos leitores, com essa reflexão.