domingo, 18 de março de 2012

No céu não tem wii-fi, tem?

A vida é imprevisível e, quando menos esperamos, perdemos pessoas queridas, excepcionais e marcantes. É como Renato Russo já dizia: "Os bons morrem jovens". Acredito que ele não se referia apenas àqueles que se vão com pouca idade literalmente. 

Pra mim, isso quer dizer que os bons de verdade, aqueles que não deixam a real juventude esmorecer dentro de si, partem logo. E isso é de uma tristeza imensurável, já que são exatamente essas pessoas que nós queremos ter por perto, que nos fazem tão bem.

Recentemente um dos caras mais cativantes que já conheci, se foi. Da noite pro dia, do nada. Um acidente, uma fatalidade, algo que ningúem poderia prever. Nem nós, muito menos ele.

E não é assim que funciona a morte? Quase sempre vem sem aviso, sem um "Sexta-feira nos cinemas", ou algo parecido. 

O que eu vou dizer a seguir talvez seja o maior clichê da história, mas também é o mais real: Curtir cada momento como se fosse o último, valorizar quem se tem por perto, já que não sabemos o dia de amanhã. Sim, isso é o que eu tento fazer day by day.

Mas, e depois? E depois que as pessoas se vão? Como lidar com o fato de que deixaram a maior saudade do mundo, corações partidos, momentos pra viver e risadas que não demos juntos? 

Tudo isso é uma grande interrogação constante na minha cabeça. Eu simplesmente perdi?  Isso é tudo?

Só sei de uma coisa, bem que no céu [ou seja lá pra onde todo mundo vai depois daqui] podia ter wii-fi.

Texto em homenagem a:
Sandro (Modeda), Jandira Negrão, José Monteiro e Henrique Vasques.